Manoel de Oliveira morreu aos 106 anos
O
realizador Manoel de Oliveira morreu, esta quinta-feira, aos 106 anos.
"Se há uma coisa que nos torna pacíficos, para o bem e para o mal, é a
morte", disse numa entrevista ao JN.
Pedro Correia/ Global Imagens
Cineasta fez 106 anos no passado dia 11 de dezembro
O
funeral do cineaste realiza-se sexta-feira, às 15 horas, na igreja de
Cristo Rei, Porto, estando, até lá, o corpo no salão do Convento dos
Padres
Depois
das 9:30 de sexta-feira, o corpo do cineasta passará para a igreja de
Cristo Rei, onde às 15 horas decorre o funeral, seguindo depois para o
cemitério de Agramonte.
O Governo decretou dois dias de luto nacional pela morte do cineasta Manoel de Oliveira, esta quinta e sexta-feira. No Porto, haverá três dias de luto.
Leia as reações à morte de Manoel de Oliveira
Com um currículo de mais de 40 filmes, Manoel de Oliveira era ele próprio um testemunho da História do último século: quando nasceu no Porto, em 1908, D. Manuel II era rei de Portugal. Quando se estreou no cinema, em "Douro - Fauna Fluvial" (1931), os filmes eram mudos e a preto e branco.
O Governo decretou dois dias de luto nacional pela morte do cineasta Manoel de Oliveira, esta quinta e sexta-feira. No Porto, haverá três dias de luto.
Leia as reações à morte de Manoel de Oliveira
Com um currículo de mais de 40 filmes, Manoel de Oliveira era ele próprio um testemunho da História do último século: quando nasceu no Porto, em 1908, D. Manuel II era rei de Portugal. Quando se estreou no cinema, em "Douro - Fauna Fluvial" (1931), os filmes eram mudos e a preto e branco.
As reações à morte de Manoel de Oliveira
No
dia da morte de Manoel de Oliveira, esta quinta-feira, aos 106 anos,
multiplicam-se as reações e as homenagens ao seu legado, desde a esfera
política à cultural.
Leonel de Castro/Global Imagens
Manoel de Oliveira com a sua mulher no 105.º aniversário do cineasta
"Foi
com profundo pesar que tomei conhecimento da morte de Manoel de
Oliveira, símbolo maior do cinema português no mundo e um dos nomes mais
significativos na história da 7.ª Arte. Portugal perdeu um dos maiores
vultos da sua cultura contemporânea que muito contribuiu para a projeção
internacional do País", afirmou o presidente da República, Cavaco Silva.
O realizador "é um exemplo para as gerações futuras", na medida em que
até ao fim da vida "teve projetos de futuro e foi sempre capaz de
ultrapassar as dificuldades", acrescentou.
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A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves,
manifestou sua "profunda tristeza pela morte de Manoel de Oliveira" e
destacou o caráter "sublime da sua arte" de realizador de cinema, que
"libertava na sua infinita perfeição". "Manoel de Oliveira deixa-nos o
sublime da sua arte, uma arte que a todos nos libertava na sua infinita
perfeição. Como se o cinema que criou, por todos reconhecido, fosse a
memória da nossa própria transcendência e o exemplo para a projetarmos
nas coisas que fazemos", refere.
Apresentando as suas condolências, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em comunicado refere-se a Oliveira como "a figura decisiva do cinema português no século XX" e como "obreiro central da afirmação da cinematografia portuguesa a nível internacional e, através do cinema, da cultura portuguesa e da sua vitalidade".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, decretou hoje três dias de luto municipal, assim demonstrando o "profundo pesar" da cidade e o "sentimento de perda coletiva".
"Decretei hoje três dias de luto municipal a partir de amanhã [sexta-feira], decisão que será posteriormente ratificada pelo executivo a que presido. É a primeira vez que o faço, esta é a forma mais institucional de demonstrar o profundo pesar de uma cidade e de transmitir ao mundo o sentimento de perda coletiva que hoje nos assolou", afirmou o presidente da câmara numa breve declaração à comunicação social.
Para Rui Moreira, Manoel de Oliveira não foi "um homem vulgar", nem "na genialidade, nem na personalidade, nem na longevidade, nem no predicado" que disse mais gostar de associar à cidade do Porto: "o caráter".
Apresentando as suas condolências, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em comunicado refere-se a Oliveira como "a figura decisiva do cinema português no século XX" e como "obreiro central da afirmação da cinematografia portuguesa a nível internacional e, através do cinema, da cultura portuguesa e da sua vitalidade".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, decretou hoje três dias de luto municipal, assim demonstrando o "profundo pesar" da cidade e o "sentimento de perda coletiva".
"Decretei hoje três dias de luto municipal a partir de amanhã [sexta-feira], decisão que será posteriormente ratificada pelo executivo a que presido. É a primeira vez que o faço, esta é a forma mais institucional de demonstrar o profundo pesar de uma cidade e de transmitir ao mundo o sentimento de perda coletiva que hoje nos assolou", afirmou o presidente da câmara numa breve declaração à comunicação social.
Para Rui Moreira, Manoel de Oliveira não foi "um homem vulgar", nem "na genialidade, nem na personalidade, nem na longevidade, nem no predicado" que disse mais gostar de associar à cidade do Porto: "o caráter".